Dos dias que pensara poder ter
Carinho de quem tanto se fez fúria,
A sorte se desfaz e quem procure-a
Jamais o seu olhar vai conhecer
Espreito atocaiando alguma luz
Em trevas ardentias não se vêm
E o medo de viver sem ter ninguém
Imagem tão medonha reproduz.
Pedaços do que fui, meros resquícios
Da sonhadora fútil do passado,
E o beijo inutilmente tão sonhado,
Beirando a cada passo precipícios.
Os dias tão somente mostrarão
No olhar; lacrimejada negação...
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