quarta-feira, 10 de março de 2010

00779

A insânia vai tomando minha mente
E não deixa sequer a lucidez
Viver além do quanto se desfez
Em sorte o coração de uma demente

O beijo se transforma em faca, adaga,
O tempo transcorrendo solitário
Amar e ter no olhar tão visionário
Caminho aonde o gozo não afaga

Persisto em ter nas mãos esta promessa
Sabendo que talvez o nada venha,
Amor desconhecendo qualquer senha,
E enquanto a tempestade recomeça

Querendo em fantasia tola neste instante
Ter sob o olhar o brilho fascinante.

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