A insânia vai tomando minha mente
E não deixa sequer a lucidez
Viver além do quanto se desfez
Em sorte o coração de uma demente
O beijo se transforma em faca, adaga,
O tempo transcorrendo solitário
Amar e ter no olhar tão visionário
Caminho aonde o gozo não afaga
Persisto em ter nas mãos esta promessa
Sabendo que talvez o nada venha,
Amor desconhecendo qualquer senha,
E enquanto a tempestade recomeça
Querendo em fantasia tola neste instante
Ter sob o olhar o brilho fascinante.
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