terça-feira, 9 de março de 2010

00739

Viver sem teu carinho, sem afago
É como me perder na multidão,
Sabendo ter comigo a solidão
Diversa da que em sonho ainda trago,

Vencida pelas ânsias costumeiras
De quem se fez amante e não sabia
Que ainda tendo aqui tanta agonia
As dores se fizeram as bandeiras

Às quais infelizmente inda me algemo,
Embora tanto lute contra e creia
Que a lua nascerá de novo cheia,
E sei que este vazio enorme, eu temo.

Teimando vejo tento a claridade
E mesmo quando a treva adentra e invade.

Nenhum comentário: