terça-feira, 9 de março de 2010

00751

Restando tão somente a fantasia
A quem se deu inteira e nada teve
O amor quando distante se reteve
E a solidão adentra a poesia

No infausto de uma vida em dores feita
Ausência de um carinho me transtorna,
Não quero a realidade assim tão morna
Tampouco com o pouco se deleita

Uma alma sonhadora e caprichosa,
Cevando uma esperança mais audaz,
Não quero ter ermida como paz,
Canteiro que plantei não tendo rosa,

Viver sem a paixão tão temerária
É como ser na vida uma alimária.

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