terça-feira, 9 de março de 2010

00741

E enquanto o amor maior inda não vem
Cansada desta velha ladainha,
Vivendo cada noite tão sozinha,
A solidão eu sei, conheço bem

Bebendo cada gota da aguardente
Que a vida preparou em dor e medo,
Lutando contra a sorte logo eu cedo
E o nada se aproxima calmamente.

Espreito e tento ver a claridade
Diversa do que vejo: escuridão.
Os dias mais felizes de verão
Morreram sem sequer tranqüilidade.

Só sou feliz quietinha no meu ninho
E quando em ilusões teimosa, aninho.

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