sexta-feira, 12 de março de 2010

00904

De quem se preparou para saber
O quanto a vida dói e nos maltrata
Sabendo ser a sorte muito ingrata
Ansiedade imensa posso ver

No olhar de quem desejo há tantos anos
Mergulho sem defesas, plenamente.
E quando novo dia se pressente
Momentos que queria soberanos

Traduzem a saudade que me invade
E nela a dor imensa se permite,
Ultrapassando assim qualquer limite
Gerando no final a tempestade.

Pudesse ter verão, querido, agora
Depois de tanto inverno vida afora

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