terça-feira, 9 de março de 2010

00752

É como ser na vida uma alimária
Viver sem este sonho tão profundo,
E quando em solidão de medo inundo
A vida se transforma; dura e vária.

Vencer os meus pudores e poder
Reconhecer as ânsias mais audazes,
E ter nas mãos os riscos que me trazes,
Pois neles talvez veja algum prazer,

E ser mais agressiva com a sorte,
Não ficar tão passiva como sou,
Se o tempo no vazio mergulhou
Preciso pelo menos de um suporte

E quando na loucura enfim me lance,
Do Amor pretendo ter algum relance.

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