quarta-feira, 10 de março de 2010

00798

Aguardo que este sonho em vão desabe,
E assim quando em ruínas já se fez
O amor que se pensara insensatez,
Bem antes do prazer assim se acabe,

Nefastas as verdades que me dizes,
E sinto dolorido o peito em fúria,
O quanto desta vida em vil penúria
Somente deixará mais cicatrizes

No peito de uma tola sonhadora,
Bem mais do que qualquer doce ilusão,
Meu barco sem caminho ou direção
Distante do que sempre quis e fora

Aguarda tão somente em torpe vida
Momentos onde a sorte é decidida.

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