quarta-feira, 10 de março de 2010

00785

E o tempo sonegando outro verão
Matando as minhas últimas vontades
E nelas com terror ainda brades
Deixando para trás a sedução

Esgotam-se esperanças benfazejas
E quando nada vejo não percebo
Se amor é meramente algum placebo
Diverso do que tanto inda desejas,

Passando pelos olhos, um cometa
Que tanto se perdeu em noite escura,
Após a minha vida em tal procura
Ao nada novamente se arremeta

Estrelas perdem rumo e direção
E sei que na verdade não virão.

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