terça-feira, 16 de março de 2010

26995/96/97

Por mais que a solução audaz se tente
O mundo não concebe outra saída
E quando se percebe mais perdida,
Minha alma já se embebe e vai contete

Às turras com meu próprio pensamento
Vencido pelas dúvidas banais
Vestígios do que fora? Nunca mais.
Distante de mim mesmo me atormento.

Adentro outras saídas que não esta
E o peso do viver somente aumenta
A sorte muitas vezes violenta
Em outras, insensível e funesta.

Riscando o meu passado e sesm futuro
Presente transcorrendo vago e escuro...


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Abisma com seu vário ingrediente
A sorte tentadora, mas atroz,
E quando não se escuta mais a voz
Por mais que tantas vezes isso eu tente,

Não creio no futuro se não vejo
Alguma luz num túnel refletida,
Na ausência do que fora mera vida
Sem esperança alguma não verdejo

E o caos se aproximando, nada além
Do fim inconstetável eu aproxima,
Aonde poderia novo clima
A gélida manhã insiste e vem,

Negando qualquer raio de algum sol,
Nublando tudo em volta, no arrebol...


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No olhar ensimesmado, tal loucura
Gerando este vazio que me açoda
Não posso suportar mais qualquer poda
Tampouco a dor imensa ainda cura.

Somar os nossos nadas e sentir
Que tudo não passara de ilusão
Enquanto as chuvas fortes de verão
Jamais me impediriam de seguir.

Remando contra a força da maré,
Lutando contra tudo e contra todos,
Acumulando assim tantos engodos
Sabendo desta vida como ela é.

Mergulho neste abismo feito em mim,
E sinto paz imensa, até que enfim...

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