terça-feira, 16 de março de 2010

27009/10/11

27009

E a Terra em convulsões leda bramia
Gerando o desespero em cada face
Destino que profético se trace
E dele desairosa fantasia.

Dos píncaros aos vales mais profundos,
Tempestas e borrascas, nas procelas
Estrelas desabando em turvas telas
Galgando o fim de todos, vários mundos

Nefasta paisagem se percebe
E nela reproduzo os meus temores,
Cenários demoníacos e horrores
Invadem sem limite toda a sebe

Vulcânica expressão em fúria e lava
“O fogo com o ar se embaraçava.”

27010

“O fogo com o ar se embaraçava”
Em erupções diversas sofrimento
Gerado pela insânia do tormento
Que a tudo sem descanso dominava.

Na inglória caminhada pela Terra
A raça humana em dívida venal,
Percebe neste estranho ritual
Sua jornada agora já se encerra

Gargalham-se satânicas figuras,
Voando como corvos sobre todos,
Emergem mais demônios destes lodos
Algum remanso inútil; crês. Procuras.

Mas nada neste inferno ainda havia
Deixando um ar terrível de agonia.


27011

Deixando um ar terrível de agonia
Em pandemônio vejo o nosso fim,
A morte se espalhando e mesmo assim,
A face do terror inda sorria.

Irônicos fantoches que satânicos
Embebem-se do sangue em profusão,
E deles novos seres se farão
Gerando sobre todos, outros pânicos.

Vendavais assolam; chuva intensa,
O solo vai se abrindo e devorando,
As esperanças fogem; torpe bando,
Não há que do futuro se convença

No universo em completa rebeldia
“Da terra e água o ser se confundia.”

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