Não posso caminhar entre espinheiros
A porta se porá sempre fechada
E dela sonegando alguma estrada
Os versos são apenas mensageiros.
Escuto a voz de quem se fez venal
Em nome desta tal moralidade,
Aonde impera assim boçalidade
O que fazer senão, mudar degrau?
Eu tento vez em quando um libertário
Canto, mas a podre burguesia
Vestindo de sarcasmo e de ironia,
Impede o canto livre do canário.
Matar a poesia ou cerceá-la
É como estupro feito à faca e bala...
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