segunda-feira, 15 de março de 2010

26926

Arrebatando em mim diversas cruzes
Esdrúxulos demônios me rondando,
E o mundo num instante desabando
Terrível profusão de grises luzes.

Vertiginosa imagem quando eu abro
Os olhos tudo gira, corpo e mente,
Qual fosse um festival torpe e demente
Num ar empesteado em tom macabro

Fulgura entre os espectros áureo brilho
Argênteas, brônzeas flores, rubros olhos,
Pisando sobre brasas, sobre abrolhos
Vagando sem destino, teimo e trilho

Incêndios devorando céus e matas
“E as ametistas e os florões e as pratas.”..

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