segunda-feira, 15 de março de 2010

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Afetam meu olhar e inebriantes
Momentos entre fúrias e prazeres,
Diversas profusões de vagos seres,
Enquanto em tal cenário te agigantes.

Mesquinhas e rasteiras serpes vêm
E lambem minhas pernas, mordiscando,
Aos poucos cada parte devorando
Depois de certo tempo, mais alguém

Explode em gargalhadas, dança nua
Orgásticos demônios, anjos nus
E em meio ao festival, vejo urubus
Vagando sobre nós, tampando a lua

Reconhecendo em ares tão medonhos
“Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!”


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“Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos”
Qual fosse algum espelho que mostrasse
A verdadeira e imunda, turva face
Num misto de terrores enfadonhos

Astutos querubins, seres satânicos
Vestindo uma alva e rota maravilha
Enquanto ao longe imagem tosca brilha
Disseminando risos entre pânicos

E neste vandalismo entre promessas
Divinas emoções num temor farto,
Falenas adentrando então meu quarto
Nos sonhos, pesadelos recomeças

Estrelas invadindo deslumbrantes
Fulguram quais bisonhos diamantes.

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