domingo, 6 de junho de 2010

35641 até 35650

1

Servido em rara taça
O amor brindando à vida
Por mais que destruída
Entregue à mera traça
Enquanto o tempo passa
Ao ver assim ungida
Palavra traduzida
Na glória onde se traça
Caminho ao expoente
Maior que se apresente
Nas mãos de um Jesus Cristo,
Vivê-lo em plenitude
Deveras tudo mude,
Por isso é que eu INSISTO!

2


Amor que nos embebe
Em glória divinal
Na face magistral
Domina toda a sebe,
E quando se percebe
O intenso e maioral
Caminho sem igual
No quanto se concebe
A vida após a vida
Entregue à luz urdida
No nosso dia a dia,
Eu posso enfim cantar
A sorte deste amar
Na paz que o gera e guia.

3

Os lábios carmesins
Os olhos brilhos tantos
São vários teus encantos
Imensos tais jardins,
E sinto querubins
Em raros, belos cantos
Cobrindo com seus mantos
Os tantos raros fins
Aonde se proclama
O amor; eterna chama
Que nos mantém e dita
A sorte mais sublime
E nela se redime
Mesmo a maior desdita.


4

Um anjo e nada mais
O quanto é necessário
Além do imaginário
O amor em vendavais
Domando sem jamais
Saber de um adversário
E nele um sonho vário
Tramando em paz o cais
Por onde possa vir
O quanto do porvir
Traçado em claridade,
Assim ao vê-lo em paz,
A voz que satisfaz
Ditando a liberdade.


5

Diversas utopias
Caminhos que procuro
Aonde mesmo escuro
O sol tanto irradias
Tomando novos dias
Acima deste muro,
O passo onde perduro
As raras melodias,
E beijo o eterno quando
Aos poucos me entornando
Em versos amorosos
Encontro o libertário
Caminho flóreo e vário
Nos tons mais majestosos.

6

No oceano divino
A paz que se procura
A vida em tal ternura
Aonde me fascino
E quando meu destino
Adentra sem ternura
A sorte da brandura
Na qual nada domino,
Resido além do quanto
Pudesse e não espanto
Apenas me entregando
Ao dia mais sublime
Que em paz tudo redime,
No amor sempre reinando.

7

Um velho moribundo
Apenas um retalho
O tempo amargo e falho
Traçando assim o mundo,
E quando me aprofundo
No quanto inda batalho
Procuro cada atalho
E o talho mais imundo
Resulta na verdade
Da ausente liberdade
Do passo rumo ao nada
A sorte noutra face
Sem nada que a desgrace
Por Deus iluminada.


8

Ouvindo esta cantiga
Que possa me trazer
De novo o bem querer
Mesmo que não consiga
No coração abriga
A sorte do prazer
Do tanto a se saber
Imagem sempre amiga
Dos fardos desta vida
O quanto é dividida
A carga entre nós dois
Percebo a plenitude
Do Amor que tudo mude
No agora e no depois.


9

Dos sonhos mero nauta
Vagando sem destino
O quanto não domino
Do amor a imensa pauta
A mesa sendo lauta
Assim quando fascino
O passo do menino
Na noite outrora incauta
Encontra esta firmeza
E nela tal beleza
Que possa me trazer
Além da imensidão
Do amor em direção
Ao raro amanhecer.


10

Imagem pressentida
De um tempo mais feliz
Vivendo o que mais quis
Além da própria vida
A dita assim sentida
Nas mãos deste aprendiz
Ausente cicatriz
No quanto o amor diz lida
E sendo assim, portanto
Aqui quando inda canto
Procuro esta harmonia
Gerada pelo sonho,
E nele este risonho
Caminho ao claro dia.

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