1
Pudesse no olhar triste
Sentir a indiferença
De quem não se convença
Do amor farto que existe
E quando assim assiste
Ao todo já compensa
A vida em glória imensa
Que ainda em paz resiste
E vejo a cada passo
Aonde teimo e traço
Um mundo mais feliz
No amor sem ter medida
Na glória desta vida
O quanto nos bendiz.
2
Ouvindo esta canção
Que toca mais profundo
E quando dela inundo
Inteiro o coração
Alçando esta emoção
Que reine sobre o mundo
Porquanto fora imundo
O fardo da ilusão
Vivendo por viver
Sabendo do prazer
Que possa ainda em mim
Ditar o dia a dia
Domara a poesia
No amor que não tem fim.
3
O quando inda suspira
O coração de quem
Já sabe e assim contém
Do amor intensa pira
A terra inteira gira
E o quando ainda vem
No encanto em raro bem
E dele já se admira
O passo rumo ao quanto
Pudesse enquanto canto
Vibrar em emoções
No tanto que percebo
A luz onde me embebo
Em tantas direções.
4
As honras sendo tuas
As sortes sendo nossas
Além do que inda possas
Vislumbro raras luas
E assim quando flutuas
O tanto que te apossas
Ou mesmo quando adoças
As almas, continuas
Reinando sobre nós
E tendo a intensa voz
Onde nada se cala,
Amar e ser feliz
Vibrando o quanto quis
A dita esta vassala.
5
O mar em raras ondas
Adentra a fina areia
A fúria que incendeia
As horas em que rondas
As tardes, os momentos
As glórias e os caminhos
E neles seus espinhos
Diversos e sedentos,
Riscando deste mapa
O quanto ainda trago
Do amor em raro afago
Enquanto a luz me encapa
E bebo o privilégio
Da paz sem sortilégio.
6
A vida sem adeus
O tempo de sonhar,
O claro do luar
Além dos tantos breus
Os dias em que Deus
Ensinando este amar
Adentrando o vagar
Os passos teus e meus,
Os ritos, gritos, medos
Os tantos dias ledos,
Os olhos no horizonte,
Assim ao me saber
Imerso em tal prazer
Aonde o amor se aponte.
7
Rendido em paz e vida
O mundo poderia
Trazer em novo dia
A dita decidida
Na glória sendo urdida
A bela poesia
A luz onde irradia
Ausente despedida,
O bem que se proclama
Supere qualquer drama
E nos redima enfim,
O amor mor, principal
E nele o magistral
Caminho sem ter fim.
8
A vida, imensa nau
Aonde se aportasse
Mostrando noutra face
Além do bem e mau
O quanto sem igual
Caminho inda se trace
E nele sempre grasse
A paz fenomenal
Gerada no momento
E nele me apascento
Em paz e poesia
Tramando com ternura
O quanto se procura
A redenção de um dia.
9
A lua imensa e cheia
Domina este cenário
No amor seu estuário
Que tanto nos rodeia
A vida segue alheia
Ao mal desnecessário
E vejo imaginário
Delírio onde incendeia
O passo sempre além
Do quanto inda contém
Na glória de ser teu,
Vibrando em flórea senda
O amor que nos entenda
E nunca se perdeu.
10
Tivesse ainda a glória
De crer neste momento
Aonde me apresento
Bebendo esta vitória
E nela de memória
Adentro o forte vento
E quando me apascento
Mudando a minha história
Sabendo a imensidão
Sem par deste perdão
Que possa me trazer
Enfim depois da morte
A vida que conforte
Em pleno e bom querer.
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