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Das ânsias cintilantes fluorescências
Eclodem quais falenas constelares,
Misturam aos sanguíneos lupanares
Corpos desnudados, penitências.
Clamor de vozes dúbias e insensatas
Demônios, querubins, anjos mordazes,
E em meio a tal loucura inda trazes
Nas mãos terríveis fogos e chibatas
Explodem vez em quando os artifícios
Em multicores tantas, maviosas,
Azulejando o solo, várias rosas
Dos céus entre os infernos, precipícios
Lembrar que há tempos entre vendavais
“Entrei um dia nessas catedrais”.
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“Entrei um dia nessas catedrais”
Aonde se expressando cadavéricas
Imagens quase lúbricas e histéricas
Toando sons edênicos, venais.
Assisto ao vandalismo que em meus mitos
Transforma com diverso tom, matizes
Sombrias entre as luzes que desdizes,
Sonoras emoções, diversos gritos.
Adagas e chicotes, orações,
Mesquinhas ilusões, medos diversos,
E quando transfiguro para os versos,
Demonstras com sarcasmo outras versões
Descendo entre satânicas cascatas
E impávidas figuras caricatas.
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