segunda-feira, 15 de março de 2010

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E impávidas figuras caricatas
Dançando nesta imensa catedral
Gemido sem sentido gutural
Partícipe das loucas serenatas.

Esgueiro-me entre corpos lacerados,
Bebendo desta insânia me transmudo,
E quando me percebo quase mudo
Também entranho em ritos tresloucados.

Medonhos magos, loucos ancestrais,
Alquímicos cadinhos, carpideiras,
Tremulam entre tantos as bandeiras
Momentos de terror são magistrais

Adentro por confusos, ledos sonhos
“E nesses templos claros e risonhos ...”

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“E nesses templos claros e risonhos
Demoníaca figura angelical,
Misturam-se deveras, bem e mal,
Ao mesmo tempo belos e medonhos.

Esqueço-me de tudo que aprendi,
Visão de um Paraíso deturpado
Inferno, limbo, céu quase nublando,
E neste pandemônio estás aqui.

As roupas já puídas pelo tempo,
A carne decomposta, olhos sombrios,
E enfrento meus temores, desafios,
A cada passo, medo ou contratempo

E ris enquanto o senso desacatas
Em meio às gargalhadas e bravatas.

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