terça-feira, 23 de março de 2010

27396/3397/398/399/400

27396

“Quero, sonhando a adolescência pura,
Viver a deslumbrante descoberta
Mantendo a porta agora sempre aberta
E nela se fartando com ternura,
Ouvindo o mar distante me clamando,
E nele tendo a sorte de saber
O quão maravilhoso pode ser
Quando as tristezas fogem, ledo bando.
Vivenciar deveras tanta sorte,
Mergulho neste mar feito em delírio
Deixando no passado este martírio
E tendo em minha vida este suporte,
Jamais caminharei em passos falsos,
Vencendo em paz deveras, os percalços.

27397


“O amor que me alivia e transfigura”
Tornando a caminhada mais tranqüila,
Enquanto tal beleza se destila,
A vida com certeza se ternura.
E vendo este clarão em teu olhar,
Percebo que também queres a mim,
E assim ao conceber belo jardim,
Bebendo deste sonho a me fartar
Não deixo de viver a eternidade
Na qual ao me embrenhar eu me perdi,
Sabendo da beleza que há em ti,
E nela a maravilha ora me invade
E transformando a vida em glória e luz,
À plena fantasia me conduz...


27398


“Quero beijar nas tuas mãos distantes”
Matando a minha sede e me fartando
Do amor que tantas vezes me guiando
Trazendo dias claros, fascinantes.
Sentindo o teu perfume eu pude ver
A sorte desnudando em maravilha,
E o coração agora manso trilha
As sendas mais divinas do prazer.
Andantes ilusões sabem descanso
No colo desta a quem tanto desejo,
E agora tendo amor raro e sobejo,
Percebo finalmente este remanso
E nele toda a paz que procurara,
Cicatrizando enfim a chaga e a escara...


27399


“nem pelas alegrias inconstantes”
Que tanto conhecera no passado,
Tampouco pelo medo desvendado
Nos dias em que amores vis, farsantes
Tomaram minha vida, nem por isto,
Apenas por viver cada momento,
Sem ter sequer no olhar o sofrimento,
Somente é por te amar tanto que insisto.
E vivo sem temer a viração
Do tempo, nem invernos, nem granizos,
Os passos que ora dou sendo precisos,
Deveras novos dias traçarão,
Fomento de esperança e de carinho,
Trazendo a paz na qual ora me aninho.


27400

“Não te desejo mais pela amargura”
Que tanto conhecera noutros tempos
Envoltos em terríveis contratempos,
Nem mesmo pela dor que me tortura,
Desejo-te deveras pelo sonho
Em ti já concebido há tantos anos,
Vencendo os mais complexos desenganos
Futuro divinal em ti componho,
Sabendo ser feliz e não temendo,
Sequer as desventuras e os segredos
Do quão sejam diversos os enredos,
Colhendo a paz em raro dividendo.
Eu te amo e nada mais me importará
Somente o que conheço desde já!

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