quinta-feira, 25 de março de 2010

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“Nos leves dedos que me vão pintando’
Os sonhos se mostrando mais felizes,
Depois de perceber tantos deslizes
O tempo agora vejo bem mais brando,

Pudesse a cada instante desfrutando
Do quanto queres tanto quanto dizes
Já não teria mais as cicatrizes,
O mundo com certeza clareando

E o passo bem mais firme rumo à paz
Na qual a plenitude ora se faz
Moldando etéreas cores, aquarelas,

E quando te percebo bem aqui,
Encanto que sonhara e descrevi
Em versos mais sutis, tu me revelas.


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“E me transmuto... iriso-me... estremeço...”
Sentindo o teu perfume, doce aroma,
O encanto que deveras já nos doma
Sabendo da emoção seu endereço,

Virando a minha vida pelo avesso,
O quanto deste encanto ora me toma,
Fazendo muito além de simples soma,
Vivendo muito mais do que mereço.

Soubesse desta luz que se irradia
Diverso do que vivo, pois, meu dia
Trazendo tão somente claridade.

Nefastas noites deixo no passado,
Ao ver o meu caminho iluminado
Por este amor sobejo que me invade.


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“Vago, solúvel no ar, fico sonhando...”
Revejo então momentos fabulosos
Envoltos por delírios vaporosos,
E neles cada vez me transformando.

Adentro as fantasias mais sutis
E bebo gota a gota esta esperança
Enquanto tanto amor ora me alcança
Vivendo o que deveras sempre quis

Pudesse ter sementes da ilusão
Moldando este canteiro em flores belas,
E quanto mais amor tu me revelas,
Maiores os desejos que virão.

Teimando contra a força das marés,
Sabendo ter em ti, atados pés.


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“Pra que pensar? Também sou da paisagem”
E nela me entranhando se percebe
Beleza sem igual, divina sebe,
Tornando bem suave cada aragem,

Vestindo esta emoção que agora invade
Encontro o meu caminho finalmente,
E quando novo dia se pressente
Tomado por beleza e claridade,

Deixando o sofrimento para trás
Vivendo esta alegria que há em ti,
A sorte de repente, pressenti
Num ato delicado feito em paz.

Assim assíduas noites, raro brilho,
Caminho mais tranqüilo agora trilho...

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“Do que eu ia escrever até me esqueço...”
E teimo em perseguir luz mais tranqüila,
A sorte pouco a pouco já desfila
Dourado sol que em teu olhar, querida, teço.

Mergulho nesta insânia feita em luz
E bebo esta sobeja fantasia,
E quando se percebe e se recria
O quadro ao paraíso me conduz

Traçando com ternura em voz suave
Deidade que desejo a cada instante
Vivendo este momento deslumbrante
O amor se transformando em calma nave,

Ascendo ao infinito em cada verso
E dele traço enfim, nosso universo.


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“Jogos da luz dançando na folhagem”
Iridescente e belo alvorecer
Moldado pelas ânsias do prazer,
Permitem que se creia em tal miragem,

Viver felicidade a cada instante
Na ausência da tortura e do temor,
Um tempo tão gostoso e sedutor,
Deveras num caminho deslumbrante.

Traçando dia a dia o meu futuro
Nos braços de quem tanto desejei,
Dourada com certeza a bela grei,
Que há tanto sem sucesso em vão, procuro

E quando me percebo junto a ti,
Concebo todo o sonho que vivi...

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“Vai colorindo as horas quotidianas”
Beleza insofismável feita em luz
E tanto quanto toca e me conduz
Traçando linhas belas soberanas,

Enquanto tanto quero e tu me trazes
Momentos mais felizes, já prevejo
Nas ânsias delicadas do desejo
Delírios em prazeres mais audazes.

Cadenciando assim vou passo a passo,
E quando novos dias eu percebo
De toda alegria que ora bebo,
Futuro feito em glória e paz, já traço,

Mudando a direção dos pensamentos,
Vivendo os mais profundos sentimentos.

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