27537
“E é tão pura a paixão de que me inundo”
Que nada impediria tanta luz
E nela o quanto o sonho me conduz
Tomando com beleza todo o mundo,
Versejo como quem procura a sorte
Em meio aos temporais e conseguindo
Momento mais perfeito, raro e lindo,
Tocado pela glória que o suporte.
Não tendo mais temores, cicatrizes,
Vencendo os dissabores se eterniza
E quanto ao vendaval, agora brisa,
Sabendo deste encanto que me dizes
E nele reavivo cada sonho,
Que em luzes bem mais fartas já componho.
27538
“À luz do Sol, na noite sossegada”
Encontro a plenitude em claridade,
E quando a lua bebe o sol e invade
Tornando pleno dia, a madrugada
Nos olhos de quem amo, meu farol,
Decerto não me perco em falso rumo,
E todo engodo e medo, agora assumo
Enquanto fora só, um ledo atol.
Mas tendo a tua bela companhia
A estrela que deveras já me guia
Vencendo as trevas tantas, sou feliz.
Vibrando em mim sobeja sensação
Do eterno e tão fantástico verão
Que outrora imaginara e sempre quis.
27539
“Amo-te em cada dia, hora e segundo”
Já não consigo mais pensar em nada
E quando a sorte molda nova estrada
Nas sendas deste encanto me aprofundo,
Vencer os meus antigos medos gera
A sorte de saber eternidade,
Por mais que a dor do vão ainda brade,
Em ti eu reconheço a primavera.
Florindo cada sonho com ternura,
Bebendo desta fonte incomparável,
Um mundo muito além do imaginável
Numa ânsia mais sobeja, clara e pura.
Assim não te esquecendo um só instante,
Meu mundo com certeza, deslumbrante...
27540
“Os fins do Ser, a Graça entressonhada”
Deveras se percebe num momento
Aonde em plenitude o sentimento
Numa glória absoluta imaginada
Dos cárceres diversos do passado
Já não mais sinto ao menos uma essência,
O amor quando se faz em tal clemência
Prevê um novo tempo anunciado
Nas ânsias soberanas da emoção
Singrando os oceanos, destemido,
O medo pelos cantos esquecido,
As horas mais sublimes mostrarão
O quanto amor domina e me transforma,
Não respeitando mais fronteira ou norma.
27541
“Sente, alongando os olhos deste mundo,”
Felicidade imensa e soberana,
A sorte se mostrara qual cigana,
Mas dela neste instante já me inundo,
Vivendo sem temor a fantasia
Erguendo um brinde ao raro e farto amor,
Sabendo já de cor, caminho e cor,
Numa ânsia de um delírio que me guia,
Aonde imaginara outrora abismo,
Agora imensidão de cordilheira,
O amor sem ter limites nem fronteira,
Etéreo caminhar que agora cismo,
Vagando por estrelas benfazejas
Vivendo cada anseio que desejas.
27542
“Minh’alma alcança quando, transportada,”
Eternas maravilhas, divindades,
E quando com teus sonhos tu me invades,
A sorte noutra sorte anunciada.
O vento benfazejo da emoção,
Tocando em minha face calmamente,
Assim toda a alegria que se sente
Mostrando cada rumo e direção
Permite ao navegante um manso cais
E nele toda a glória do porvir,
Depois de tanto medo pressentir,
Eu vejo estes momentos magistrais,
Minha alma que ao eterno se transporta
Abrindo com certeza qualquer porta.
27543
“Amo-te quanto em largo, alto e profundo”
Caminho desvendado pelo sonho,
E quando ao Paraíso me proponho
De toda esta fartura ora me inundo,
Sentindo então alentos delicados
Amando muito além do que pensara,
A noite se aproxima bela e clara,
Mudando do passado amaros fados.
Amanhecendo em ti, eterna luz
E nela meu caminho se porfia,
Sabendo soberano e raro dia,
Ao qual o nosso amor cedo conduz,
E além da própria vida eu te amarei,
Por tantas outras vidas que terei...
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