segunda-feira, 12 de abril de 2010

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“mais belo sem ornamentos”
Meus dias sem alegrias?
Sem decerto as poesias
Só restando então tormentos
Se eu pensasse nos momentos
Onde em luzes não porfias
As estrelas não me guias
Nem deveras bebes ventos
Sendo assim inusitado
O que fora mais amado
Verso canto em voz suave
Sem saber do quanto deve
Poesia deixa leve
Liberdade diz de uma ave...

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“Meu amor é maior,”
Meu caminho é suave
Poesia uma nave
Senda sei de cor,
E se canto melhor
Sem saber risco e trave
Nada tendo que trave
Não sei mais tom menor
Eu vivo a liberdade
Dela sei o caminho
E se tanto me aninho
Sem ter quem dita a grade
Meu verso dita então
O rumo e a direção.

29559


“O mar é imenso?”
Não posso calar
Tocando luar
E se me convenço
No quanto compenso
Meu erro ao sonhar
Vislumbro outro mar
Enquanto em ti penso,
Servindo de escudo
O quanto não mudo
Caminhando em paz
A voz de quem canta
Mais alto levanta
Se faz mais audaz.

29560


“Mais é meu amor”
Que a força sublime
E quanto se estime
Mais bela é tal flor
E seja o que canto
Amor tanto ou quase
Que nunca defase
Tamanho este encanto
Vivendo tal sonho
Não posso fugir
Recolho o porvir
Enquanto componho
Meu verso liberto
Amor não deserto.

29561

“Os diamantes são indestrutíveis?”
O meu caminho mostra-se diverso
E deveras se faço cada verso
Procuro desvendar dias terríveis
Momentos são por certo mais plausíveis
E neles com certeza sigo imerso
E se tanto de mim mesmo disperso
Entrando com temor em novos níveis
Não posso controlar cada palavra
Enquanto a poesia em mim já lavra
Escassa realidade que porfio
E tendo com ternura todo sonho
O quanto na beleza em que componho
Pureza desta gema é desafio.

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