sexta-feira, 16 de abril de 2010

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29896


“Nas noites em que a lua vai dormir”
Por sobre estas colinas, no além-mar
A cada instante volto a me lembrar
Do quanto poderia inda sentir
O amor ao dominar o meu porvir
Traçando com beleza este luar
E nele novamente me entregar
Sabendo do prazer, doce elixir,
E sendo assim a vida nos impõe
Momento prazeroso onde se expõe
O sonho aonde o pouco se completa,
Por isso neste encanto tropical,
Revejo o meu divino Portugal
Agradecendo a Deus por ser poeta!


SOBRE VERSO DE HENRICABILIO


29897



“Por isso não se pode arrefecer”
Quem tanto batalhasse por um dia
Aonde a sorte imensa merecia
Ao menos um momento de prazer,
A vida dominando todo o ser
E neste belo encanto, a melodia
Que tantas vezes ouço como ouvia
Nas horas em que pude te conter.
Beleza sem igual, doce desejo
E nele saciado enfim prevejo
Um raro sol exposto na manhã
Lutar a cada instante sem fugir
Garantirá decerto um bom porvir
Valendo sempre enfim, o imenso afã...

SOBRE VERSO DE REGINA COSTA

29898


“Deus entregou a terra ao ser vivente”
E pode com tal ato demonstrar
O quanto se é capaz mesmo de amar,
Embora o fim de tudo se apresente
Na mão que mais feroz já violente
O que se fez supremo, um belo altar
E assim a cada dia desfiar
A morte noutro tanto e desalente
Quem sonha com momento mais suave
Ao destroçar assim, seu barco e nave
Apenas o final, um sacrilégio,
Pudesse adivinhar esta amargura
Do Criador diversa criatura
Não teria jamais poder tão régio...

SOBRE VERSO DE CLAUDIO CAMARGO MARTINS

29899


“Valeria pelo fato”
De um momento mais audaz
O que tanto satisfaz
E deveras desacato,
Não podendo este regato
Ser diverso e tão falaz
Onde busco ainda a paz
Só percebo este maltrato,
Riscos tantos nesta vida
Tateando muitas vezes
Já não somos mais as reses
Nem tampouco a despedida
Sendo urdida a cada não
Possa dar a direção.

SOBRE VERSO DE EDSON PAULUCCI


29900


“Solidão cinzelou-se nos meus dias”
Aonde poderia acreditar
Na sorte bem diversa a me guiar
E nela com certeza já porfias
Mudando a direção, sem agonias
E quando mergulhasse no teu mar
Sabendo da beleza a se mostrar
Traçando com ternura garantias
De um tempo mais tranqüilo e nele eu vejo
Incomparável luz; vivo e sobejo
Caminho que me leve à perfeição
De um claro amanhecer em plenitude
E quando a solidão aos poucos mude
As sendas mais sublimes se farão.

SOBRE VERSO DE DENISE SERVEGNINI


29901


“E o teclado ficou mudo”
Quando poderia ter
Um momento de prazer,
Mas agora se transmudo
Poesia; eu não me iludo
E decerto passo a ver
No talvez pudesse ser
Bem diverso, e assim me mudo,
Solitário? Vez em quando
E se tanto me mudando
Coração já não descansa
A verdade dita a sorte
Tendo o verso que conforte,
Minha vida será mansa...

SOBRE VERSO DE KATE WEISS


29902


“Escravo da visão descreve o medo”
Qual fosse qualquer queda após a escada
A porta muitas vezes arrancada
Não sabe mais guardar qualquer segredo,
E quando em poesia eu me concedo
Vibrando com a noite enluarada
Romântica figura não diz nada,
Neon tecendo em brilho novo enredo,
Assíduo companheiro da loucura
Lunática presença me assegura
Nos bares, aguardentes, taça e vinho,
Mas quando me percebo em luz intensa,
Do quanto poderia em recompensa
Voltando para a casa, estou sozinho....


SOBRE VERSO DE DUDU DE OLIVEIRA


29903


“Hei de amar-te por toda eternidade”
Assim não calarei mais o desejo
De ter a cada instante o que não vejo,
Mas sinto com mais força ora me invade,
Viver imensidão, felicidade
E nela todo o sonho em que azulejo
A vida num momento mais sobejo
Deixando para trás realidade.
Amar-te e crer deveras neste alento,
E quando me tocasse o sofrimento
Sabia novo rumo em minha vida,
Assíduo companheiro da ilusão
Certezas ou promessas guiarão
O passo sem saber da despedida...

SOBRE VERSO DE EDITH LOBATO


29904


“Meu tempo completo”
No verso que faço
Assim sigo o traço
Perfeito e dileto
E se desafeto
Tomando este espaço
O rumo que caço
Deveras concreto
Permite esta lavra
A cada palavra
Tecendo infinito,
E sendo poeta
Amor minha meta,
O verso é meu grito!

SOBRE VERSO DE SUNNY LÓRA

29905


“Hoje procuro em terra a embarcação”
Que possa me trazer algum alento,
A vida se perfaz em sofrimento
Enquanto no infinito a direção
Meu verso se completa em tanto não,
Mas nele vez em quando me apascento
Domando o mais complexo pensamento
Aonde quis um dia meu verão
O tempo sonegando cada fato
E tanto noutro tanto me retrato
Que eu possa me fazer de luz e brilho,
Assim ao me entregar à poesia
Um quanto ainda vivo fantasia
Diverso deste engodo que ora trilho.

SOBRE VERSO DE NATHAN DE CASTRO.


29906


“Se os caminhos são confusos”
Muitas vezes diz engano
O que penso em desengano
Complicando velhos fusos
E se em tantos parafusos
Dita o mundo soberano
O que tanto ainda ufano
Serve apenas aos desusos
Entre abusos, usos, farpas
Entre cortes, sortes; vejo
O que dita o meu desejo
Penetrando por escarpas
Logo o vale se aproxima
Melhorando uma auto-estima.

SOBRE VERSO DE MIGUEL JACÓ.



29907



“Por sobre o vasto mar e seu atol”
Solares maravilhas encontrei
Dourando com ternura a minha grei
Tocando com beleza este arrebol,
E quando permitisse assim a o sol,
O quadro pelo qual me emoldurei
Beleza sem igual eu naveguei
Amor se demonstrando ser de escol,
E tanto poderia ser assim
A vida deveria ter em mim
Tranqüilidade imensa em tal beleza
E quando me sentisse mais feliz
A sorte desairosa não desdiz
Levada pela rara correnteza.

SOBRE VERSO DE ARÃO FILHO.


29908


“Tremo com o silêncio dos honestos”
E sinto assim que pode ainda haver
Depois de tanto inglório desprazer
Momentos que não sejam tão funestos
Não posso perceber entulhos, restos
Aonde poderia mesmo crer
Num raro e tão sobejo amanhecer
Deixando para trás torpes incestos
Na sorte em derrocada, dor cruel
O mundo não traduz o seu papel
E mata qualquer sonho de um momento
Ao menos onde eu possa desvendar
Beleza tão poética em luar
E nela com certeza enfim me alento.

SOBRE VERSO DE JACÓ FILHO.


29909


“Traz a festança revirando a ceia”
A forte tempestade em que se vê
A vida sem saber sequer por que
E nela cada angústia se receia,
A lua que pensara outrora cheia
Agora bem distante não mais crê
Na vida em desregrado rumo e o se
Domina a realidade em que se anseia
A sorte no horizonte desvendada
Raiando com o sol numa alvorada
Aonde iridescente raio eu vejo,
E quando se tornasse tão brumosa
A morte se mostrando caprichosa
Matando o que eu sonhara em azulejo

SOBRE VERSO DE VITOR DE SILVA

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