sexta-feira, 16 de abril de 2010

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29910

“não te esqueças, meu senhor”
Quantas vezes poderia
Tanta luz em noite fria
Se eu tivesse enfim, o amor
Nada pode recompor
O meu sonho em fantasia
Onde a sorte mostraria
Qualquer rumo a se propor
Verso feito em noite mansa
A verdade sempre alcança
Neste tanto que sou tua
A mortalha do passado,
Noutro tempo desolado,
Hoje em dia não atua...

SOBRE VERSO DE DEDETE


29911


“Sentindo esse desejo exacerbado”
Aonde a sorte dita o meu caminho
Se eu tenho com ternura este carinho
A solidão deixando no passado
Momento com prazeres desvendado
Jamais caminharei, pois, tão sozinho
E quando do teu lado me avizinho
Encontro novo rumo em flóreo prado,
Sabendo desta eterna primavera
A vida em tua vida se tempera
Gerando eternidade em cada verso
E quando imaginara mais distante
Agora ao perceber-te fascinante
No encanto deste amor eu sigo imerso.

SOBRE VERSO DE MARIO ROBERTO GUIMARÃES


29912


“Um cansado colibri”
Procurando primaveras
E decerto não esperas
O que tanto quero em ti
Se eu pudesse o que perdi
Novamente em novas eras
Ao matar velhas quimeras
Louco amor eu concebi
Sorte amarga de quem sonha
Sorte dura e tão medonha
Cada dia mais se afasta
Minha vida sem amor
Vai perdendo toda a cor
Dia a dia mais medonha...

SOBRE VERSO DE MAVI


29913


“O pêndulo seguia desvirtuando”
O dia após o dia, mês a mês
Diverso do que agora ainda vês
Aonde imaginara bem mais brando
E sei o quanto sinto mais nefando
A vida sem saber sequer porquês
Alheio caminheiro; já não crês
Nem mesmo se decerto demonstrando
A senda preferida, a mais gentil,
Ainda que outro rumo, pois sentiu
Quem tanto procurara a mansidão,
Por certo não teria outro momento
Se eu quando mais distante me atormento
Inverno dominando algum verão.

SOBRE VERSO DE SOGUEIRA


29914


“Firmes, frouxos, sinceros d’improviso”
Os versos que ora faço para ti,
Um repentista sonha e me perdi
Tomado pela sorte, sem juízo
E quando percebera este impreciso
Caminho pelo qual eu percebi
O rumo enfim traçado, lá e aqui
No encanto em que deveras me matizo,
O laço mais sublime poderia
Gestar dentro de nós esta aliança
À qual a poesia ora se lança
Traçando a cada rima uma alegria
E quantas vezes; bebo este aguardente
E nele este torpor que me apascente,

SOBRE VERSO DE MVA


29915


“Os trovadores vão formar corais”
Aonde a poesia dita uma ilha
E nela o sonhador decerto trilha
Momentos com nobreza, magistrais
E quando se mostrassem portos, cais
Palavras são deveras a armadilha
Cadência em rica rima sempre brilha
Traçando versos raros, divinais
E posso em vossas tramas mergulhar
Silvia Araujo POETISA Motta
Aonde a poesia sempre brota
E tem com tal sobeja um raro altar
E nele a fantasia rege a trova
Que um mero repentista agora prova,


SOBRE VERSO DE SILVIA ARAUJO MOTTA

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