terça-feira, 13 de abril de 2010

29686/87/88/89/90/91/92/93/94/95/96/97

29686

“calou-se nos mapas,”
A sorte diversa
E quando dispersa
Deveras encapas
Os tantos momentos
Aonde podia
Quem sabe alegria
Ou mesmo os alentos
E assim prosseguindo
Em noite remota
A vida desbota
O que fora lindo
E tanto não vejo
Sequer meu desejo.

29687

“nos beirais da sede;”
Nas ânsias da vida
Quando de partida
Deitando na rede
Paredes quebradas
Portais destruídos
Os tantos olvidos
As mortes traçadas
Nas sendas mais duras
E tanto é medonho
O que já componho
Em tais amarguras
Ditando o poente
Aonde há nascente?


29688


“ secou como um frio”
Do tanto que eu quis
O tempo aprendiz
Deveras desfio
E quando podia
Viver muito além
O que não convém
Ditando a alegria
A morte se vê
No tanto não tenho
E sigo este empenho
E nele um por que
Ao peso do tanto
Semente é quebranto.


29689


“nas suas paredes;”
Retratos diversos
E aonde meus versos
Matando estas sedes
Saciam verdades
Mentiras se vêm
E assim sem ninguém
Por mais que inda brades
Não tendo outra chance
Nem tendo caminho
Seguindo sozinho
Aonde se alcance
Veloz caminheiro
Encontra o espinheiro.


29690


“ O tempo não sobe”
Também não lhe cabe
Bem antes desabe
Senzala diz lobby
E o porto seguro
Diverso do quanto
Pudesse em encanto
Mas nada asseguro
Somente o meu medo
E dele perfaço
Assim meu espaço
Enquanto concedo
Ao quanto não vivo,
Um sorriso altivo.



29691


“ com ódio e receios.”
Com medos diversos
Aonde meus versos
Buscassem recreios
Os veios distantes
Os medos, chacais
As horas iguais
Falsos diamantes
Jogados ao vento
Medonho e infeliz
O mundo desdiz
E assim não lamento
A sorte sofrida
Por quem teima a vida.


29692


“ninguém os desata”
Nem rumos desfaz
Quem sabe mordaz
A sorte se ingrata
Vencer temporais
Vencer os meus medos
Sabendo os segredos
Encontro este cais
Aonde me entranho
Vivendo a vitória
Sem tanto vanglória
O quanto do ganho
É feito da luta,
Que tanto se escuta.


29693


“ Os nossos arreios”
Os dias bonitos
Aonde infinitos
Invadem meus veios
E vejo afinal
O quando pudera
Na ausência da fera
No tanto venal
O sonho encaro
E tanto me entrego
Jamais sigo cego
Apenas no faro
Bebendo esta sorte
Que tanto comporte.



29694


“ as salas e quartos”
Dos sonhos felizes
Meras cicatrizes
Em dias mais fartos
E os partos distantes
O riso cansado
Aonde ao teu lado
Bebi diamantes
Da mina maior
Do amor que celebra
Com vinho e genebra
Caminho de cor,
Saltando o vazio
Infinito espio.


29695

“ Faze de pousada”
Aonde ora entranho
O quanto é meu ganho
Dizendo do nada
Deveras sonhara
Com tempo tranqüilo
E quando desfilo
Aumenta esta escara
Gerada do quanto
Em pranto fui teu
E agora perdeu
O rumo e o encanto
No verso mais triste
O sonho persiste...



29696

“ sem prazo ou contrato”
Sem tempo de espera
Jardim, primavera
O medo eu retrato
No riso calado
Na fala mais quieta
Quem fora poeta
Agora vedado
Não tendo outro rumo
Não vendo outra luz
Ao quanto conduz
Engodo que assumo
Resumo o não ser
E sonho em morrer....


29697


“ Chega a esta casa”
Quem tanto eu queria
Viver fantasia?
A sorte se atrasa
O peso da sorte
Não tendo outra lida
Assim se duvida
E sigo sem norte
Medonho caminho
Resume este nada
Aonde alvorada
Diversa me aninho
E teimo sem leme
Porém nada algeme.

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