sexta-feira, 16 de abril de 2010

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29882

“A vila estava enfeitada”
Coração na boca, o sonho
Antes fosse mais risonho
Poderia ensolarada
A manhã felicitada
Pelo quanto recomponho
Do meu dia e me proponho
Renascer após o nada
Onde tanto poderia
Já não cabem mais palavras
E os meus versos ditam lavras
Sorte em festa? Não desvendo,
Mas encanto que estupendo
Renascendo em poesia...


SOBRE VERSO DE ALEXANDRE TAMBERELLI


29883

“Eu queria um poema que imprimisse”
Em minha tez além do sofrimento
Aonde tatuasse o pensamento
E nele novo tempo que inda visse
O olhar que na verdade não cobice
O quanto em cada verso dita alento
Porém se para tal vivo talento
Já não suportaria uma mesmice
E assim ao me entregar sem norte ou rumo
Errático cometa se eu me assumo
Enfrento os vendavais tão corriqueiros
Poeta/agricultor sabe as searas
E nelas muitas vezes tu me amparas
Gestando em calmaria estes canteiros.


SOBRE VERSO DE GABRIEL CHERUBASH

29884


“Sem forças recolhi meu amor parco”
Bebendo desta sorte tão funesta
E agora na verdade o que me resta
Levar como puder, a vida, o barco,
E sendo assim se errôneo mesmo eu arco
Enganos dominando a minha festa
Abrindo o coração, imensa fresta
O mundo se eu pudesse aqui abarco,
Mas vivo por viver e toco a vida
Embora reconheça uma saída
Embarco neste amor, mesmo sofrido
Herdando dissabores, nas tabernas
Diverso do que tanto agora externas
Ainda onde não fosse por libido.

SOBRE VERSO DE JRPALACIO


29885


“O que ela tem de bela tem de esnobe”
E assim bem poderia acreditar
Na deusa deste imenso lupanar
Não fosse desfilar com tanto bob
Querida, por favor assim não sobe
Tampouco se eu tentasse desvendar
Magias onde outrora fiz altar,
E agora nem se fosse por um hobby.
O quanto me fizeste de panaca
Meu barco noutro cais, amiga, atraca
Estorvo? Já me basta a solidão.
E tanto poderia ter nuances,
Mas quando pavoneias nunca alcances
Dos meus anseios todos, direção.

SOBRE VERSO DE GONÇALVES REIS


29886


“Nesse seu ar distante e indiferente”
A vida não mostrasse novo brilho
Enquanto fantasio e maravilho
Cenário onde se possa ou mesmo tente

Viver novo momento iridescente
E dele com ternuras eu polvilho
Diversa realidade onde palmilho
E beijo este passado, adolescente.

Sabendo do presente em que me vejo
Tocado num instante e num lampejo
Somente pela luz tão variável

Do encanto num segundo e nada além
Lembrança de outros dias ora vem
Transformando o implausível, palatável.

SOBRE VERSO DE KATHLEEN LESSA


29887

“Repetir eu não queria”
Mesmo engodo do passado,
E ao me ver tão desolado
Senda amarga e mais sombria
Destilando a poesia
Mesmo texto decorado,
Outro engano, tolo enfado
Repetindo antigo dia
Onde pude ser feliz,
Quando fora um aprendiz,
Mas ao ver as cicatrizes
Tatuadas; pesadelo
Tão somente por revê-lo
Desencantos? O que dizes.

SOBRE VERSO DE CELINA FIGUEIREDO


29888


“Princesa nunca fui, sequer pretendo”
O mundo transformando este castelo
Na angústia do sonhar, momento belo
Que fora noutro tempo, um estupendo
Delírio, mas agora que desvendo
Somente em minhas mãos, duro rastelo,
O quanto poderia e me enovelo
Nos dias em que a dor já me contendo
Não trazem nem as sombras do que fora
Uma alma muitas vezes sofredora
E nela esta verdade se completa,
Decerto caminheira do infinito,
O encanto tão passado eu exercito
No quanto traduzisse o ser poeta.

SOBRE VERSO DE HLUNA

29889


“Pouco a pouco subiríamos”
Ao que tanto desejamos
Se deveras formos ramos
Do que tanto concebíamos
E decerto percebíamos
Que sem termos, sermos amos,
Liberdade nós galgamos
Muito além do que sabíamos,
Coração se libertário
Sabe o quanto é necessário
Na verdade ter um sonho
E se dele eu me deserto
O meu segue incerto
O meu canto, então, medonho!

SOBRE VERSO DE REJANE CHICA






29890


“Pela encosta da praia vou vagueando”
Seguindo cada passo deste sonho
E nele com certeza eu me proponho,
Ao um dia mais tranqüilo, ou mesmo brando,
Ao ver as andorinhas, belo bando
Migrando pelos ares num risonho
Caminho, solitário; então me exponho,
A fantasia em dores sonegando
Um dia mais tranqüilo em ondas calmas,
Aonde se entregando nossas almas
Pudesse acreditar enfim no amor,
Porém tantas procelas vida afora
E o medo de seguir intenso aflora
Negando todo passo em vão torpor...

SOBRE VERSO DE HELENA GRECCO.


29891





“Bela rosa tem espinhos”
Deles fujo enquanto posso,
Mas encanto agora endosso
Quando sinto os teus carinhos,
Outros dias vãos, sozinhos
Sem o sonho teu e nosso,
Quanto em ti eu me remoço
Como eu fosse raros vinhos
E ao vagar em mansas ondas
As borrascas que me escondas
Perpetrando tal magia,
A minha alma embevecida
Quando estás em minha vida,
Noutro tanto fantasia...

SOBRE VERSOS DE OLHOS DE BONECA



29892


“A felicidade é uma triste canção”
E quando se pudesse ainda acreditar
Nas ânsias mais sutis e delas céu e mar
Singrando em tempestade, espúria direção,
A cada novo cais, eu sinto outro tufão,
A vida não podia assim determinar
A vária realidade e nela irei buscar
Apenas temporais, os nortes me trarão?
Assíduo sonhador eu tento outra saída
A morte desenhada aos poucos doma a vida
E a despedida então entranha cada verso,
Pudesse navegar em águas mais tranqüilas,
Porém quando a verdade amarga tu destilas,
O canto que ora faço, em si mesmo diverso.


SOBRE VERSO DE NEUSI SARDÁ.


29893


“Pintar co’o colorido da ilusão”
Um mundo mais suave e mesmo enquanto
Tentando novo manto e sem quebranto
Vibrasse nos delírios do sertão
Sabendo dos momentos que trarão
Caminhos para quem se perde ou tanto
E tendo esta certeza agora eu canto,
Matando o que pudesse solidão,
Escrevo cada verso como fosse
A vida este tormento que agridoce
Trouxesse tanta paz quanto a procela
Assim seara imensa descoberta
Enquanto me acolhendo ora deserta
Dicotomia intensa me revela...

SOBRE VERSO DE ANA MARIA GAZZANEO.



29894


“É lúdico enquanto dura”
E terrores logo após
Tanto assim os mesmos nós
Produzindo esta amargura
Aonde outrora quis ternura
Quando alenta é meu algoz,
E se manso diz feroz
Maltratando me depura,
Sendo assim a cada instante
Nave firme ou flutuante
Gera rosas nos espinhos
E se tento navegar
Ressecando céu e mar,
Quando traça os meus caminhos...

SOBRE VERSO DE CESAR LICZIBINSKI


29895

“Por aquela extensa e sinuosa estrada”
Vagando o caminheiro em busca de algum cais
Aonde não tivesse apenas vendavais
A sorte tanta vez há tempos destroçada
E nela não se vê sequer uma alvorada
Resposta a cada passo, assim se diz jamais,
Enquanto em vosso encanto, aos poucos derramais
Momento em que talvez ainda reste o nada.
Vencido pela angústia expondo a cada engodo
O quanto do meu passo enfrenta sempre o lodo
Mudando a direção deveras poderia
Saber porto seguro e nele enfim colher
A dádiva sublime e nela este prazer,
Porém somente a dor e nela esta agonia...


SOBRE VERSO DE NILS ZEN

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