quinta-feira, 15 de abril de 2010

29860/61/62/63/64/65

29860

“Tendo às mãos o poder de ser feliz,”
Eu sei o quanto posso caminhar
Sabendo quando devo navegar
Vivendo o que deveras eu bem quis,
Assisto à derrocada e a cicatriz
Expressa a realidade aonde o mar
Pudesse cada sonho transformar
E tanto quanto pude se desdiz
O passo noutro tanto em que buscara
Além da vida atroz, feroz e amara
O brilho iridescente da manhã
E sei da luta audaz que ora perfaço
Ganhando pouco a pouco em duro traço
O corte mesmo quando a vida é vã.

SOBRE VERSO DE ELISCHA DEWES


29861


“Bebei do seu fragor, o vinho tinto e puro,”*
E trace com carinho o mundo que virá
E dele novamente o sol se mostrará
Enquanto em fantasia atroz assim perduro,
Vencendo a tempestade e tendo o que procuro
O mundo mais tranqüilo e disso desde já
Eu faço com meu verso o quanto poderá
Trazer felicidade em céu outrora escuro,
Não tendo mais a dor aonde se previra
A morte em vida ou mesmo a solidão venal,
O passo que perfaço adentra imenso astral
E assim se molda a sorte e quando a paz é mira
Atiro-me no encanto aonde traduziste
O coração em luz, antigamente triste...

SOBRE VERSO DE EDIR PINA DE BARROS

29862


“Timbre viril no sangue, a inconseqüência”
Funesta realidade em que se vê
Um mundo aonde tanto e sem por que
A vida se mostrando em inocência
Assim ao perceber total ausência
Do fato que mostrara e sem se crê
Na solução porquanto se revê
História com terrível anuência
Do pendular caminho onde porfio
O quanto pude até num desafio
Fazer novo soneto em tom maior,
Jazigo da esperança o verso atroz,
E nele se escutando a minha voz,
Estrada para o fim, eu sei de cor....

SOBRE VERSO DE MIGUEL EDUARDO GONÇALVES

29863

“O nexo de viver, um tempo original.”
Aonde se pudesse acreditar
Mais forte do que céu, luar e mar
O verso se mostrasse triunfal
Ascendo assim degrau após degrau
Ao quanto mais desejo imaginar
Vencendo os meus temores, devagar
Encontra um sereno então a nau
Porquanto não gestasse outro caminho,
E quando me encontrasse mais sozinho
Pudesse neste pouco, muito ou tanto
Erguendo o meu olhar neste horizonte
Sabendo a direção na qual se aponte
O rumo noutro encanto que ora canto.

SOBRE VERSO DE DIANA GONÇALVES

29864

“quisera amar-te, mas não sou capaz,”
E assim talvez consiga ver o quanto
Depois de tantas dores, desencanto
Encontro finalmente a imensa paz,
E quanta fantasia o sonho traz
Embora se perceba torpe manto
Aonde a solidão, duro quebranto,
Traçando um dia a dia tão mordaz,
Mas quando no oceano da ilusão
Mergulho e percebendo a direção
Dos barcos eu desvendo assim o cais,
E dele me ancorando em fantasia,
A mão que tanto acolhe enquanto guia
Traçando novos dias, magistrais.

SOBRE VERSO DE ELODY

29865


“E pudessem então explicar essa dor”
Que aqui conserva o medo aonde poderia
Saber tão simplesmente apenas da alegria
E nela novamente o rumo recompor,
Quisera acreditar e assim sem mais temor
Urdindo com meu verso a imensa fantasia
Aonde o caminhar deveras me traria
Além desta mortalha o bem do grande amor,
Pudessem me falar, os sonhos, pesadelos
Que a cada nova noite estúpida revê-los
Trazendo ao sonhador a fúria das tempestas
E delas se mostrasse um novo alvorecer
Enquanto se traçasse assim em tal prazer
A luz em galhardia, aonde a paz tu gestas.


SOBRE VERSO DE MARCELO BANCALERO

Nenhum comentário: