domingo, 11 de abril de 2010

29382/83/84/85/86/87/88

29382


“cantará a esperança para o mundo”
O encanto deste amor maior que vejo
Além do grande amor, real sobejo
Na senda em que deveras me aprofundo
Gestando uma esperança sem igual
E dela se bebesse a humanidade
Não haveria algema, corte ou grade
O mundo num cenário triunfal,
Depois de tantas lutas e tempestas
Depois de tantos medos, mundo afora
A sorte em tal seara revigora
Matando cores tristes e funestas
E assim se permitindo esta manhã
Em cores tão diversas, novo afã.

29383

“enquanto a Mãe cantar junto a um bercinho”
Alentos para toda a raça humana
E quanto mais assim, for soberana
O mundo se envolvendo em tal carinho
Percebe-se a beleza deste instante
Gerando uma alegria em tez sublime,
Negando a própria morte em atroz crime
O quanto se percebe radiante
O mundo então ausente da injustiça
A fonte incomparável de um amor,
Traçando este caminho, o redentor,
No qual e pelo qual a vida viça
E traz no olhar sereno de quem ama
Eterna maravilha em doce chama.

29384


“Por mais que o homem seja um ser mesquinho,”
Por mais que toda a história dite o medo
Ainda uma esperança enfim concedo
E dela se perfaz o meu caminho,
No olhar enternecido de quem ama,
Materna maravilha desvendada
A sorte tantas vezes destroçada
Ainda poderia em mansa trama
Gerar com luzes fartas o futuro
Houvesse com cuidado cada olhar
Tocando este mistério e desvendar
Além do quanto em dor eu me amarguro,
Sentindo a maravilha deste toque
O rio em mar imenso desemboque...

29385

“purificada num amor fecundo.”
A vida se transforma plenamente
E quando tendo a luz que se apresente
Deixando para trás o tom imundo
Aonde se mostrando a face escusa
Da dura dimensão que se apresenta
A sorte noutro tanto já se alenta
Do quanto em tom mais claro, antes confusa
Realidade expõe nova faceta
Ainda que deveras fosse um sonho
Do mundo mais tranqüilo e mais risonho,
O amor que noutro amor já se completa
Arisca humanidade nesta teia
Vibrante solução conhece e anseia.

29386

“maior que todo o mal da humanidade”
A falta de um amor ditando a guerra
Matando o que restara desta terra
Enquanto a mão feroz tudo degrade,
Riscando a cada dia sempre mais
As marcas do que fora libertário
O amor é tão preciso e necessário
E deles se fazendo em rituais
Divinas maravilhas que se advindo
Do todo feito em glória, riso e pranto
À sorte que nos salve agora eu canto
Sabendo deste encanto, tão infindo,
Materno colo, manso porto quando
O mundo noutro tanto desabando...

29387


“Dia das Mães! É o dia da bondade”
Assim como é possível se tentar
O mesmo dia sempre eternizar
Em atitude. É paz que nos invade
E quando me percebo em tez tranqüila
Dessedentando o medo em mansidão,
Angústias, pesadelos, não virão
Enquanto a poesia se perfila
E tenta discernir com calma e glória
O quanto numa mãe se faz mais terno,
A proteção sonega algum inverno
Apóia na derrota ou na vitória
Por si somente assim e nada além
Eternidade em vida ele contém.

29388

“que , nada tendo, não te falta nada
Se tu tens a certeza deste amor
Que nada poderia decompor
Nem mesmo a dura e fria madrugada
Aonde se perdendo de algum senso
Vagando por sarjetas tanta incúria
Quem sabe da verdade amarga fúria
E o quanto o mundo gera em tom mais tenso
Ao ver a mansidão do olhar materno,
Percebe ser possível ressurgir
Traçando um libertário e bom porvir,
E nele com o olhar mais manso e terno,
Seguir sem temer pedras no caminho,
Sabendo que não foi nem é sozinho...

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