domingo, 28 de março de 2010

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“Engrenagem de vísceras vulgares “
O ser humano pensa ser maior,
Quando em verdade sei até de cor,
O quanto se vendera em vãos altares,
E geram novos seres tão imundos
Pensando numa nova realidade,
Por mais que ainda veja a humanidade
Entrando pelos vales mais profundos,
Medonhas criaturas matam cristos
E dizem ser normal tanta peçonha,
Por tanto que outro mundo se componha,
Ainda não drenaram velhos quistos,
E sabem muito bem disto que eu falo,
Repito até cansar, jamais me calo.


27898


“O coração, a boca, em síntese, o Homem,”
Nefasta criatura que domina
E enquanto se mostrando em tez cretina
Os bens deste planeta se consomem,
Não tendo mais limite crê que deus
O fez tal como fosse semelhante
Que deus seria esse, pois, farsante?
Meus dias são melhores quando ateus.
Jogando toda a sorte tela terra,
Vestindo-se deveras de demônio,
Achando ser demais seu patrimônio,
Verdade a cada dia mais se emperra,
E a velha serventia do planeta,
Diverso do que bíblia já prometa.


27899


“E o que ele foi: Clavículas, abdômen,”
Devastado por tantas canalhices
E nada do que dizes caduquices
Enquanto estas belezas negam o homem.
Sórdida garatuja caricata
Um bípede cruel e nada mais,
Gerando a cada dia temporais,
Devastam todo o solo, terra e mata,
Matando o que pudesse ser um dia,
Além de mera imagem do passado,
Dominam salvação ditam pecado,
Mas não percebem tanto esta heresia,
E os vendilhões fazendo cada templo
Aonde a farsa imensa, eu só contemplo.


27900


“Estrangulada dentro da matéria”
Imagem do que fora liberdade,
Por mais que a cada dia se degrade,
Espalha sobre tantos a miséria,
Assim ao ver a face do satânico
Que um dia se mostrara como um deus,
Prepara-se somente para o adeus
Um ser feito de escória, pois orgânico,
Jagunços espalhando sobre a face
Desnuda do planeta destruído,
Deixando a liberdade em vago olvido,
Porquanto sobre tudo, gera impasse,
Aonde poderia a mansidão
Se existe tão somente podridão?

27901




“Sonoridade potencial dos seres,”
Ainda não se fez mais verdadeira,
Aonde apodreceram a bandeira
Não cabem mais sequer alguns quereres,
E os víveres se acabam pouco a pouco,
Já não sustentam mais fera gulosa,
Que quanto mais deseja quer e goza,
Num brado feito aos berros, quase rouco.
Assisto à derrocada do que tanto
Fazendo da soberba seu discurso,
Mudando de uma história todo o curso,
Deixando como herança o desencanto,
Falando em semelhança, matam deus,
Denigrem sua imagem cães ateus!

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