quarta-feira, 31 de março de 2010

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28150

“Foi que gerou essa sublime aurora”
Mudando num instante este destino,
O quanto se fez fero em desatino,
Agora noutro porto já se ancora,
A senda se mostrando mais audaz,
A cena que parece temerária,
A sorte muitas vezes temporária
Da dor renascerá, decerto, a paz.
O vento transformado em temporal,
A fúria que pareça desditosa,
Enquanto amanhecer deveras goza
De um novo tempo em claro ritual,
Vencendo as intempéries a manhã
Decerto não seria mais malsã.

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“De seu crânio vulcão - a rubra lava”
Escorre com sanguínea insensatez.
Ao mesmo tempo tudo se refez,
Enquanto a alma em fúria já se lava,
Jamais se percebera desde então
Momento que pudesse se mostrar
Além de qualquer força, pois solar,
Mudando desde sempre a direção
A nova caminhada feita em glória
Matizes tão diversos do passado,
O céu agora assim mais estrelado
Traduz o que se fez tanta vitória,
Clamando pela paz, a guerra trama,
A sorte desenhada em fogo e chama.

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“Cheio de luz, de idéias constelado”
O mundo não havia conhecido
Tampouco desenhado sequer crido
Num tempo pelo sol iluminado,
Vertendo em sangue o quanto foi bastante
Mergulho no passado inda contemplo,
Erijo dos meus sonhos novo templo,
E dele se percebe o cativante
Fulgor que se emanara deste olhar,
Sobejo cavaleiro em noite clara,
Minha alma extasiada se declara
E sabe cada passo vislumbrar,
Decifra tanta força neste braço,
Maior do que deveras hoje traço.

28153


“De um povo inteiro o fúlgido horizonte”
Mostrado após sanguíneas sensações
Honrado caminhar onde repões
O mundo que deveras já desponte
Após a imensidão de cada gesto
Audaz do comandante intemerato,
E sendo tanto assim, vital contrato
Ao qual com todo ardor ora me empresto,
Gerando depois disso outro caminho,
Aonde transformara em solo manso,
O quanto dos teus passos eu alcanço,
No encanto que produzes, eu me alinho,
E sei da furiosa maravilha
Deitando em teu caminho, rara trilha.


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“Erguendo delirante a grande fronte”
Porquanto um caminheiro enfrenta a guerra
E sabe aventureiro quanto encerra
A sorte que deveras ora aponte,
Confrontos do passado e do futuro,
Presente se mostrando mais bravio
E quando em versos tantos eu desfio
Um mundo que soubera ser escuro
Na clara percepção desta mudança
A luta sem limites pela vida,
A mão que vence sempre, decidida,
Enquanto a cada passo já se lança
Transformação ditando cada gota
Do sangue em pele audaz, ferida e rota.

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“PARECE-ME que o vejo iluminado”
Neste cenário belo ao qual me insiro,
Na força tão mortal de um ledo tiro,
Destino muitas vezes destroçado,
Assim caminha em fúria nossa história
Gerando seus heróis, fugazes luzes,
Mas quando noutras luzes reproduzes
Eternizando assim cada vitória,
Terás teu nome escrito a cada dia,
No olhar vitorioso da esperança,
Gerando a cada dia esta mudança,
Aonde a mão mais forte sempre guia,
Mortalha se transforma em fonte e luz,
À qual este caminho se conduz...

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